terça-feira, 19 de abril de 2011

Apóstolo Paulo, plantador da igreja em Corinto.

A localização e cultura de Corinto:
 Era situada no sul da Grécia num istmo que separa o golfo de Corinto do golfo Sarônico, Corinto se tornou naturalmente um centro de comercio e um bom ponto de parada para viajantes para o Leste ou para o Oeste. Embora destruída pelos romanos em 146 a.C., foi reformada como colônia romana sob Julio Cesar um século depois. A nova cidade foi primeiramente povoada por veteranos de Cesar e cidadãos livres, mas gradualmente os gregos voltaram, helenizando os italianos e dando a sua língua à colônia. No entanto, a sua posição geográfica nas rotas do Oriente Médio a transformaram na mais cosmopolita das cidades, influenciada pela vida e pelos costumes de todas as nações da costa do Mediterrâneo. A partir de 27 a.C., tornou-se o centro administrativo da província romana da Acaia. Corinto era depravada. Ia alem da licenciosidade de outras cidades e portos de comercio e prestava o seu nome como símbolo à zombaria e degradação. Como afirmam Robertson e Plummer: “O nome de Corinto tinha se tornado provérbio da devassidão mais grosseira, especialmente em conexão com a adoração ao Pandemos de Afrodite” (1 Corinthians, ICC. P.xii). Essa monstruosidade perversão sexual em nome da religião obscurecia a vida da cidade como um cogumelo atômico de destruição moral.  
O propósito da carta de Paulo aos Coríntios
 Era de correção quanto aos erros sérios na doutrina e a pratica que se levantaram, e que ameaçaram o bem estar e até mesmo a sobrevivência da comunidade cristã ali existente. É principalmente a correção dos seguintes erros que 1º Coríntios se devota:  Em primeiro lugar deploráveis divisões haviam cindido a igreja em facções hostis, despedaçando a unidade em torno da qual todos os que professavam serem irmãos em Cristo deviam estar reunidos. Em segundo lugar, dentre seus próprios membros, um deles se tornara culpado de imoralidade grosseira e de gravidade tal que nem mesmo a devassa sociedade daquela cidade pagã teria tolerado, não obstante, a congregação não impusera disciplina ao ofensor, expelindo-o de sua comunhão. Em terceiro lugar membros da igreja viviam arrastando uns aos outros perante os tribunais seculares dos pagãos para a solução de disputas que haviam surgido entre eles, em lugar de resolverem suas querelas no espírito do amor cristão, dentro da própria comunidade, ou em lugar de estarem dispostos, seguindo o exemplo de Cristo, a tolerar os danos sofridos sem retaliação.  Em quarto lugar, alguns deles vinham cometendo fornicação com prostitutas, procurando justificar tal conduta com o argumento de que apenas o corpo era envolvido e que os feitos do corpo são inconseqüentes para a alma. Em quinto lugar, a ceia do Senhor, que deveria ser uma expressão de amorosa harmonia, havia degenerado em irreverência, glutonaria, e comportamento desatencioso. Em sexto lugar havia cenas de desordem que nada edificavam quando os membros se reuniam para a adoração publica, especialmente no exercício dos dons espirituais com os quais haviam sido dotados. O Apostolo Paulo sentiu ser necessário relembrá-los de que o mais excelente de todos os dons, e que é o que mais deve ser cobiçado, é o dom do amor, à parte do qual, os demais dons são inúteis.  Em sétimo lugar, um ensino herético que, por negar o fato da ressurreição de Cristo e por realmente negar a possibilidade de qualquer ressurreição dentre os mortos, feria a própria Pedra de Esquina da fé cristã, e que lamentavelmente conseguira muitos adeptos na igreja de Corinto. O apostolo Paulo igualmente apresentou instrução sobre certas outras questões que haviam sido levantadas pelos Coríntios, numa carta que lhe haviam endereçado.
Personagens e estilo ministerial
 A carta é iniciada com a citação do nome do autor pelas evidencias internas e externas tão fortes e conclusivas, é clara a autoria do apostolo Paulo, e logo a seguir o irmão Sóstenes, a irmã Cloe e os da casa dela, são citados como os informantes das contendas que estavam acontecendo na Igreja em Corinto, por conta da quebra da unidade cristã, quando os irmãos escolhiam seu lideres preferidos, então é citado o nome de Paulo, Apolo, Cefas e o nome de Cristo, Estéfanas é citado juntamente com a casa dele como as pessoas que Paulo batizou, Timóteo foi citado como o enviado por Paulo para levar as orientações paulinas. Em seguida o nome de satanás foi citado na carta em relação ao pecado de imoralidade cometido por um membro da igreja em Corinto, no (capitulo 9. V6,) Barnabé é citado por Paulo como exemplo de servo trabalhador incansável na obra divina, o nome de Moises é citado ao ser usado uma passagem do Pentateuco, (capitulo 9. V.9 e 10 v.2). Os doze apóstolos são citados no (capitulo 15 v.5) e a seguir no v.7 o apostolo Tiago, e no v.22 é citado Adão, no v.23 e citado o nome de Deus, e o nome da morte ultimo inimigo a ser destruído e finalmente os obreiros: Estéfanas novamente citado, Fortunato e Acaico são citados como portadores de boas noticias para Paulo no (capitulo 16 v.17,18) a carta é concluída com as saudações finais e então Paulo cita o nome de Áquila e Priscila e a Igreja enviando saudações para os irmãos em Corinto.
Pregação e temas teológicos.
 A mensagem pregada e o ensino ministrado por Paulo na igreja em Corinto eram fundamentados na verdadeira sabedoria, que contrariava a sabedoria mundana conhecida da igreja, havia um imenso contraste entre a mensagem da cruz e a sabedoria do mundo tão valorizada pelos coríntios. Desde o inicio Paulo anunciava aos judeus que o Cristo é Jesus. (At.18.5). Certamente esse fundamento levou esta igreja a cumprir sua missão com este mesmo propósito, mesmo em meio aos problemas internos e externos.
O propósito eclesiológico e missiologico
 A localização estratégica que Corinto ocupava, a sua sociedade comercial garantia que a boa noticia que Paulo havia anunciado  num intenso trabalho missionário em Corinto logo se espalharia muito alem da província da Acaia. A primeira visita missionária de Paulo a Corinto foi durante a sua segunda viagem missionária (At.18.1-18), ele permaneceu ai durante 18 meses. No começo, estava só, mais depois Silas e Timóteo se juntaram a ele. O desanimo experimentado durante as suas atividades anteriores na Grécia se expressou na sua “fraqueza e temor”, enquanto caminhava pelas ruas de corinto e argumentava na sinagoga (1º Coríntios 2.3). Ameaçado e ultrajado pela comunidade judaica, Paulo recebeu a promessa pessoal de Deus numa visão muito necessária de proteção da ira da multidão e de serviço frutífero (At.18.10). Os judeus, ainda mais inflamados pela conversão de Crispo e sua casa, iniciaram um ataque unido contra Paulo diante de Gálio, o proconsul da Acaia. A hostilidade, provavelmente, não diminuiu, pois parece, com base no tópico das cartas aos coríntios, que a grande maioria dos convertidos vinha da comunidade pagã da cidade. Depois de 18 meses, Paulo saiu de Corinto junto com Áquila e Priscila. Após deixá-los em Éfeso, continuou as suas viagens pela Síria, ao mesmo tempo, Apolo, com quem Áquila e Priscila fizeram contato em Éfeso e a quem esclareceram acerca de Cristo, foi a Corinto para consolidar e expandir as atividades da igreja.   
Estrutura, liderança, resolução de conflitos.
Na carta não é citada a liderança especificamente, mas Paulo saúda toda a igreja, mas certamente que a igreja tinha sua liderança, eleita pela igreja (I Coríntios 1.17). Após a viagem de Paulo para Éfeso, sabemos que posteriormente Apolo chegou e liderou a igreja. Os conflitos que aconteceram em Corinto, e que foram o motivo de divisão estão relatados no (capitulo 1.10-4.1), todos os conflitos foram tratados por Paulo. Foi provada a incapacidade da liderança da igreja na solução dos conflitos ali existentes, daí a necessidade do envio das cartas do apostolo Paulo.
Crescimento da igreja.
Como todas as igrejas fundadas pelo apostolo Paulo, a de se crer que houve o crescimento natural da igreja, na verdade Deus deu crescimento à igreja em Corinto, começando pelas conversões de pessoas ilustres como Crispo o principal da sinagoga e toda a sua casa, e muitas pessoas de corinto ouviam o evangelho criam e eram batizados. (At.18.8).
Conclusão:
Nesta fase final do trabalho concluímos que a posição geográfica e estratégica da cidade de Corinto que era o centro administrativo da província romana da Acaia, sua importância comercial, e através do qual era fácil o acesso às demais nações próximas a costa do mar mediterrâneo.  A necessidade que o povo da cidade tinha de ouvir as boas novas de salvação, devido a sua extrema depravação conhecida no mundo todo. Graças a Deus esta mensagem chegou através do ministério apostólico de Paulo que foi o plantador da igreja em Corinto, e posteriormente através das cartas corrigiu erros e doutrinou a igreja. Notou-se a importância de irmãos como Sóstenes e pessoas da casa da irmã Cloe, que deram informações sobre os problemas ocorridos na igreja que estavam quebrando a unidade da igreja. Desde a fundação da igreja a pregação sempre foi “a mensagem de que Cristo é o Senhor”, todos estes fatores contribuíram para que a Eclesiologia e a Missiologia na igreja fosse desenvolvido, se espalhando para muito além da Acaia. Para que isso fosse possível era necessária a formação de uma liderança forte e uma igreja que absorveu as orientações contidas nas cartas do apostolo Paulo, culminando no crescimento da Igreja. Que estas orientações sirvam de alerta para os plantadores de igrejas, e que as soluções práticas do apostolo Paulo os motive na ministração, e no ensino da palavra de Cristo, Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário..